KTKNa década de 40, entre outros setores da medicina, a Anestesiologia passava por sérias dificuldades, não só no Brasil mas também nos grandes centros médicos espalhados pelo mundo. A tecnologia ainda “engatinhava”. Aqui, os hospitais dispunham de equipamentos rudimentares. Eram complicados, funcionavam mal, eram extremamente grandes e muito caros. A falta de aparelhagem adequada para a prática da anestesia inalatória era simplesmente angustiante.
Em 1951, o Dr. Kentaro Takaoka, então um jovem médico anestesista, cansado de tantos obstáculos que dificultavam a prática de sua profissão, resolveu desenvolver um aparelho de dimensões reduzidas, capaz de executar a ventilação artificial controlada.
Começava então sua jornada. Em um laboratório do Hospital da Clínicas-SP, entregou-se a estudos profundos, queria conseguir um instrumento eficiente, elaborado com peças pequenas e simples, “e que coubesse no bolso do paletó”. Desenvolvido o equipamento, ele testou e experimentou seu invento em animais, durante quatro longos exaustivos anos. Precisava vencer. Suas pesquisas já haviam se tornado “um compromisso com o ser humano”.
Em 1955 o respirador Takaoka foi empregado pela primeira vez no homem, entrando assim para a história.
Seu desenvolvimento mereceu o reconhecimento mundial, como importante contribuição para o progresso da anestesia.
Dois anos depois, decidiu fabricá-lo em maior escala, fundando assim a K.Takaoka Indústria e Comércio Ltda. Em seguida o uso do respirador 600 foi largamente difundido, sendo patenteado em vários países do mundo. Seu lançamento contribuiu para melhorar a qualidade da anestesia, com um equipamento eficiente, compacto, de fácil transporte e baixo custo, possibilitanto amplo acesso à sua utilização, até para as localidades mais distantes e carentes. Lançou-se então a novos desafios, entre equipamentos e acessórios para Anestesia, Medicina Intensiva, Monitorização e Oxigenioterapia.